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Crise X Suicídio: quando poucos são mais importantes que muitos

A crise econômica mundial que teve início em 2008 e que vem afetando principalmente os EUA e a Velha Europa, transcende a questão meramente monetária que é colocada em nosso cotidiano. Constantemente ouvimos que os “investidores estão de mau humor” ou que os “investidores estão preocupados”.

Contudo, os “investidores” e suas solicitações por lucros sempre acima de “milhares de por cento” como  padrão ad eternum, são referendados pela mídia e pela dinâmica societária como “natural”. Em meio a uma crise sem precedentes, os governos europeus estão promovendo um verdadeiro “genocídio econômico” (opinião de Paul Krugman  e de  qualquer pessoa que saiba contar de 1 a 10) contra milhões de pessoas para saciar a vontade quase satânica dos “investidores”.

O que quero dizer com tudo isso até aqui? Os milhares de suicídios de pessoas comuns que estão ocorrendo na Europa, principalmente na Grécia, Portugal e na Itália. Sim, as pessoas estão se matando por falta de perspectivas, de salário e até mesmo de comida. Isso é justo? É justo levar a morte essas pessoas para satisfazer o desejo de “investidores” que estão bilionários, trilhonários? Em que momento da história “ajustes estruturais” resolveram o problema de algum país?

Não há ilusão que o capitalismo tenha como prioridade o bem-estar do Ser Humano. Somos somente consumidores que devem manter o sistema em funcionamento para poucos conseguirem enriquecer e manter os seus padrões de vida nababescos. Contudo, parecia que a selvageria do lucro fácil havia sido tolida na Europa, a tão sonhada Europa com seu savoir vivre,suas belas cidades e seu padrão de vida civilizado. O dinheiro provoca sensações em seus possuidores quase narcóticas… Daí, a sanha por mais e mais dinheiro. As consequências? Sempre morrem gente, dizem eles.

Que a consciência desses Senhores da Morte seja ativada todas as noites lembrando-os do fardo que carregam. O Lucro não pode justificar tais mortes.

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