Toda a celeuma provocada pelos usuários de drogas na USP, reflete uma questão importante para a nossa sociedade. Alguns membros da elite econômica e financeira estão preocupados somente com a satisfação de seus interesses hedonistas do que com os grandes problemas do país.
O mais importante para alguns estudantes (e de outras pessoas) é usar o seu “sagrado direito” de fugir da realidade através do entorpecimento. Sem dúvida alguma é um direito pessoal, contanto que não gere problemas para os que não usam e não promova (como promove) o circuito do crime e suas consquências nefastas.
A “confusão” foi originada pela prisão usuários de drogas por parte da Polícia Militar que passou a atuar no campus da USP após o assassinato de um estudante no primeiro semestre e depois de inúmeros assaltos. As reclamações dos alunos, funcionários e professores eram justamente a falta de segurança. Daí a presença mais ostensiva da Polícia.
Como ocorreu a repressão ao uso de entorpecentes, a polícia virou “inimiga” dos usuários. Às favas os assaltos, assasinatos etc. Se a polícia vai “reprimir” o “barato da galera”, “estamos fora”. Aviso que não “morro de amores” pela PM que, enquanto instituição, está falida.
Após o “bombardeio” da imprensa “conservadora” e da avaliação de que “pegou mal” a “revolta estudantil” contra a PM, os estudantes apresentaram os “verdadeiros motivos” – segundo eles – do “Movimento”: o “Reitor não presta”, a “USP é uma ditadura”, o “governador é um tirano” etc. Até aí tudo bem. Mas porque esses “motivos” só viraram “ordem do dia” após a PM ter acabado com a “viagem da galera”? Por que a Reitoria não foi invadida antes? Por que toda a “energia revolucionária” não foi utilizada anteriormente? Precisamos de respostas. Aliás, já as temos.
Me desculpem, mas o “bonde da história” foi perdido nesse momento.
Maldita droga…