Desde as análises de Karl Marx sobre o traço “autofágico” do Capitalismo no século XIX, o sistema ainda mantém a sua mesma característica: fadado ao fracasso.
Logicamente isso pode soar como “nostálgico”, algo dos anos 1930/1940, quando os marxistas juravam de pés juntos que o fim do Capitalismo estava chegando. O velho “positivismo marxista”. Mas, as crises estão se avolumando. Não há como negar.
O economista Immanuel Wallerstein, minha leitura quase que obrigatória, já defende há um bom tempo que o sistema capitalista e a crise de hegemonia dos EUA, seriam os sinais de uma grande mudança para um novo ciclo de acumulação (sistema) que irá ocupar o lugar do capitalismo. Mas qual seria o sistema? Isso ninguém sabe. Nem Wallerstein.
Contudo, os sinais desesperados do governo norte-americano de “jogar dólares de helicópteros”, segundo Guido Mantega, demonstra que a crise não é mais uma das inúmeras verificadas durante a história do Capitalismo e com espaço de tempo entre elas cada vez menores.
O fato é que o capitalismo está atingindo contradições cada vez maiores. O clima de “salve-se quem puder “é mais um sinal dos tempos. Difíceis para todos.