Autor - Política Nacional - Primeira Página - Sociedade

2015: o Ano da Irracionalidade

O ano de 2015 pode ser classificado como o Ano da Irracionalidade brasileira. Sob todos os aspectos. Após a vitória do PT, a quarta seguida para desespero da direita brasileira,  as  “forças da moralidade” resolveram acabar com a “roubalheira no país”. Nem que para isso elas destruam o seu próprio país. E assim está ocorrendo.

Com o apoio de segmentos da sociedade que sempre votaram nos candidatos ligados à pratica da corrupção (Collor, Maluf, Pitta, FHC, Alckin, Serra etc.)  promoveram amplas manifestações durante 2015 “clamando por moralidade”. A grande mídia que defende hoje a democracia mas que em 1964 apoiava o golpe e cedia seus carros para a prisão de opositores, também encampou a tentativa de eliminação do governo Dilma Rousseff sob todas as formas.

 

Enquanto a elites brasileiras continua nadando em dinheiro os neopolitizados começaram a pagar o preço por terem sido usados como massa de manobra nas manifestações. Ao colaborar para a instabilidade sob a bandeira  da luta contra corrupção liderada por corruptos, processados, investigados, citados e indiciados, os neopolitizados começaram a perder os seus empregos.

 

Por outro lado com políticas macroeconômicas errôneas, a incompetência petista se mostrou completa ao encampar o modelo neoliberal que levou ao país a pior recessão dos últimos tempos. Sem apoio popular e incapacidade política, o Brasil desceu alguns degraus na sua escalada rumo ao topo das nações desenvolvidas.

 

 

Indignação seletiva: corruptos reeleitos há décadas mas que nunca sofreram uma reprovação
Indignação seletiva: corruptos reeleitos há décadas mas que nunca sofreram uma reprovação pública

 

Mesmo com tal descalabro, a situação econômica não deveria necessariamente ter chegado ao atual nível. Com a Câmara dos Deputados hostil e com agenda golpista, ela teve uma participação considerável para o colapso da economia  a despeito das barbáries produzidas no primeiro mandato de Dilma Rousseff. A questão da instabilidade política potencializou o problema econômico.

 

Instabilidade política acentuou os efeitos da recessão
Instabilidade política acentuou os efeitos da recessão

 

Enquanto a elites brasileiras continua nadando em dinheiro os neopolitizados começaram a pagar o preço por terem sido usados como massa de manobra nas manifestações. Ao colaborar para a instabilidade sob a bandeira da luta contra corrupção liderada por corruptos, processados, investigados, citados e indiciados, os neopolitizados começaram a perder os seus empregos. Os neopolitizados não conseguiram fazer a leitura dos interesses ocultos na desestabilização do atual governo.

Uma sociedade que confunde escolaridade (ter diploma ou não) com nível cultural fica à mercê dessa situação. O fato é que para a elites nunca há crise.

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